Convocarte N.º10 Arte e Loucura (2024)

Related Papers

Convocarte — Revista de Ciências da Arte

Convocarte 11 Arte e Loucura

2020 •

Stefanie Franco

Convocarte — Revista de Ciências da Arte n.º 11 Revista Internacional Digital com Comissão Científica Editorial e Revisão de Pares Tema do Dossier Temático: Arte em Asilo, Arte Bruta e História da Arte Ideia e Coordenação Geral: Fernando Rosa Dias Coordenação Científica do Dossier Temático: Stefanie Gil Franco Coordenação Executiva: Diogo Freitas Costa

View PDF

O ver e o olhar da loucura, materialidade e a imaterialidade no discurso plástico em William Blake e Goya

Convocarte N.º11 Arte e Loucura

2021 •

Vasco M E N D E S Lopes

Observando algumas obras de William Blake como experiência da imaginação “interior” e visionária, e Goya através da experiência de uma imaginação “exterior”, resultante do encontro com o horror do real, questiona-se a construção plástica segundo os modos de discurso que derivam de uma visualidade e de um olhar que se estabelece a partir do confronto entre imagem e imaginação, entre o discurso plástico e a sua materialidade, onde esse discurso plástico se materializa como expressão semântica da mania. Neste contexto ocorre a ambivalência entre o ver e o olhar, que incide tanto sobre a imagem plástica como sobre a imagem mental. Blake configura o espaço da representação como expressão de uma imaterialidade não gravítica que transcende a sua presença, e Goya, a presença de uma materialidade gravítica, de uma queda transcendental em relação à sua condição humana. Em ambos, a configuração dos extremos, entre equilíbrio e absurdo, entre razão e loucura perfaz-se numa linha muito ténue. A loucura “aceite” em Blake como modo descontrolado da imaginação em que o discurso plástico evoca um discurso para o seu interior. A loucura “rejeitada” controlada de Goya que vincula a imaginação a ser expressa plasticamente nas suas formalizações num discurso para o seu exterior. Palavras-chave: Loucura, Materialidade, Imaterialidade, Discurso Plástico, Narratividade

Revista Filosófica de Coimbra

Uma Definição de Loucura

2021 •

Rui G S Caldeira

Pretendo formular uma definição positiva de loucura: o sentimento de comoção e vertigem psíquica resultante da perceção de conhecimento extra do indivíduo sobre si próprio. Farei um percurso histórico‑filosófico e literário sobre o tópico com alguns dos principais pensadores contemporâneos, de Kant e Pinel, Hegel, Hölderlin e Nietzsche, até Wittgenstein e Derrida. Apresento uma perspetiva diferente da atual convenção cultural humanística que estabelece uma relação de causalidade eficiente entre a entidade nosológica «esquizofrenia», funcionando como Deus ex‑machina, e a produção artística, onde defendo que quem cria e faz arte é o indivíduo, o artista, e não uma suposta deficiência psíquica.

View PDF

A coleção José Fontes na história do Hospital Miguel Bombarda - HOSPITAL MIGUEL BOMBARDA 1968

António Fernando Cascais

View PDF

MODOS

Jaime Fernandes Simões e a construção de narrativas sobre a art brut em Portugal

Stefanie Franco

Este artigo narra a história de Jaime Fernandes a partir de imaginários que se formam em torno da noção de art brut, conformando-lhe qualidades específicas enquanto sujeito louco e artista. Neste sentido, trabalha-se com os discursos produzidos pela crítica de arte portuguesa, em especial entre os anos de 1970 e 1980 do século XX, em encontro com as teorias psiquiátricas que fundamentam noções e qualificativos para as expressões dos sujeitos asilados. O caso de Jaime Fernandes é peculiar no sentido em que dá origem a estas discussões em Portugal, sendo ele considerado o primeiro grande artista descoberto nos termos da art brut no país. Propõe-se, sobretudo, conhecer o sujeito Jaime Fernandes a partir do cruzamento destes discursos e proposições conceituais, colaborando numa perspectiva mais ampla para o debate de noções como art brut e outsider art.

View PDF

On the brink of madness: Leituras do tema da loucura na obra pré-heteronímica de Fernando Pessoa

2009 •

Francisco Saraiva Fino

O tema da loucura na obra pessoana tem sido objecto de várias aproximações interpretativas, decorrentes da multiplicidade de textos que fazem eco do fenómeno e da sua persistência enquanto topos ao longo de praticamente toda a sua produção. Na sua acepção literal, manteve constantes interferências com a dimensão empírica do autor sobretudo quando sustentadas na contingência de certos textos basilares, os quais têm vindo a ser questionados quanto ao seu valor estritamente testemunhal. Como fenómeno desde cedo relacionado com a criação artística, a loucura surge neste estudo não apenas na representatividade da condição distintiva do sujeito criador mas ainda como figuração da contingência que envolve qualquer acto criativo que tome a linguagem na sua dimensão essencialmente metafórica e ambígua. Neste sentido, o presente trabalho pretende a abertura de várias vias de leitura do fenómeno através da análise crítica dos vocabulários relativos a diferentes âmbitos e concepções de loucura ...

View PDF

Psicologia USP

Arte e loucura como limiar para outra história

Erica Franceschini

Resumo Pretendemos problematizar arte e loucura, inicialmente discutindo a experiência do pesquisador em relação às imagens do mundo, com o testemunho e a figura do louco e, consequentemente, com o fora que ela evoca. Em seguida nos colocamos diante do muro, situação-limite na qual a loucura enquanto catástrofe e a arte enquanto via poética vêm compor um limiar, ausência que Blanchot transpõe à linguagem para dar a ver outras constelações possíveis, tanto de palavras quanto de seus inomináveis. Por fim, com Walter Benjamin, pomos a história da loucura a contrapelo, e, mergulhados no Ateliê de Escrita do Hospital Psiquiátrico São Pedro, desvelamos que a arte pode, na relação com a loucura, tornar-se a linguagem essencial na perigosa travessia em direção à experiência, transpondo a vivência desse estado assustador para trazer ao mundo outro sentido, reconhecendo outros modos de existência que podem vir a ser outras poéticas de vida.

View PDF

Uma frágil camada de Razão. A clínica das paixões religiosas em França e Portugal. C. 1830-c.1910, in Tiago Pires Marques (org.), Experiências à deriva. Paixões religiosas e psiquiatria na Europa (séculos XV a XXI) (Lisboa: Cavalo de Ferro, 171-216)

Tiago Pires Marques

View PDF

“Para lá da Razão e da Loucura: a escrita – Proximidade e distanciamento entre Maurice Blanchot e Michel Foucault”

Hugo Monteiro

View PDF

Historia, ciencias, saude--Manguinhos

[The aesthetics of degeneration and expressions of the alienated: readings from Júlio Dantas at the Rilhafoles Hospital]

Stefanie Franco

The proposal of this article is to briefly present how artistic expressions of the alienated appear as a discursive element in medical and critical readings of Júlio Dantas, starting with his thesis, Pintores e poetas de Rilhafolles, which he presented in 1900 as the conclusion to his medicine course in Lisbon. This particularly involves investigating the methods Dantas used in his invested and conceptual propositions on this topic, considering that his interests responded to very specific issues: the characteristics and forms of social degeneration. The article also reviews some of the reverberations in the social and artistic environments that were insulted by the publication of the thesis.

View PDF
Convocarte N.º10 Arte e Loucura (2024)

References

Top Articles
Latest Posts
Article information

Author: Tish Haag

Last Updated:

Views: 6396

Rating: 4.7 / 5 (47 voted)

Reviews: 94% of readers found this page helpful

Author information

Name: Tish Haag

Birthday: 1999-11-18

Address: 30256 Tara Expressway, Kutchburgh, VT 92892-0078

Phone: +4215847628708

Job: Internal Consulting Engineer

Hobby: Roller skating, Roller skating, Kayaking, Flying, Graffiti, Ghost hunting, scrapbook

Introduction: My name is Tish Haag, I am a excited, delightful, curious, beautiful, agreeable, enchanting, fancy person who loves writing and wants to share my knowledge and understanding with you.